Nosso exemplo I

Jesus era sempre paciente e animoso, e os aflitos O saudavam como a um mensageiro de vida e paz. Via as necessidades de homens e mulheres, crianças e jovens, e a todos dirigia o convite: “Vinde a Mim.”

Durante Seu ministério, Jesus dedicou mais tempo a curar enfermos do que a pregar. Seus milagres testificavam da veracidade de Suas palavras, de que não veio a destruir, mas a salvar. Aonde quer que fosse, as novas de Sua misericórdia O precediam. Por onde havia passado, os que haviam sido alvo de Sua compaixão se regozijavam na saúde, e experimentavam as forças recém-adquiridas. Multidões ajuntavam-se em torno deles para ouvir de seus lábios as obras que o Senhor realizara. Sua voz havia sido o primeiro som ouvido por muitos, Seu nome o primeiro proferido, Seu rosto o primeiro que contemplaram. Por que não haveriam de amar a Jesus, e proclamar-Lhe o louvor? Ao passar por vilas e cidades, era como uma corrente vivificadora, difundindo vida e alegria.

“A terra de Zebulom, e a terra de Naftali,
Junto ao caminho do mar, além do Jordão,
A Galiléia das nações;
O povo, que estava assentado em trevas
Viu uma grande luz;
E aos que estavam assentados na região e sombra da morte
A luz raiou.” Mateus 4:15 e 16.

O Salvador tornava cada ato de cura uma ocasião para implantar princípios divinos na mente e na alma. Esse era o desígnio de Sua obra. Comunicava bênçãos terrestres, para que pudesse inclinar o coração dos homens ao recebimento do evangelho de Sua graça.

Cristo poderia ter ocupado o mais elevado lugar entre os mestres da nação judaica, mas preferiu levar o evangelho aos pobres. Ia de lugar a lugar, para os que se achavam nos caminhos e atalhos pudessem ouvir as palavras da verdade. Na praia, nas encostas das montanhas, nas ruas da cidade, nas sinagogas, Sua voz se fazia ouvir explicando as Escrituras. Muitas vezes ensinava no pátio anterior do templo, a fim de os gentios Lhe poderem ouvir as palavras.

Tão diferente eram os ensinos de Cristo das explicações escriturísticas feitas pelos escribas e fariseus, que prendiam a atenção do povo. Os rabis apegavam-se à tradição, às teorias e especulações humanas. Muitas vezes o que os homens haviam ensinado e escrito acerca das Escrituras, era posto em lugar delas próprias. O tema dos ensinos de Cristo era a Palavra de Deus. Ele respondia aos inquiridores com um positivo: “Está escrito”, “Que diz a Escritura?”, “Como lês?” Em todas as oportunidades, em se despertando em amigo ou adversário qualquer interesse, Ele apresentava a Palavra. Proclama a mensagem evangélica de maneira clara e poderosa. Suas palavras derramavam abundante luz sobre os ensinos dos patriarcas e profetas, e as Escrituras chegavam aos homens como uma nova revelação. Nunca dantes haviam Seus ouvintes percebido na Palavra de Deus tal profundez de sentido.

Ellen G. White. A Ciência do Bom Viver. 8. ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1997. pp.19 a 22.

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